Mulheres com distúrbio ovulatório ou infertilidade sem causa aparente (ISCA) podem se beneficiar do Coito ou Namoro Programado.
A relação sexual programada é uma técnica de baixa complexidade para ajudar casais com problemas simples de infertilidade, e tem custo inferior a outras técnicas mais complexas de reprodução humana assistida.
Como é realizado o tratamento?
O coito programado é feito sob orientação do especialista em infertilidade, para orientar o casal a manter relações sexuais no momento mais propício para uma fecundação natural.
A indução da ovulação na paciente é feita com o uso de medicamentos (via oral ou injetáveis), que se iniciam no 2° ou 3° dia do ciclo menstrual, e o acompanhamento de crescimento dos folículos via exames de ultrassom e de dosagem hormonal.
Quando os folículos atingem o tamanho aproximado de 18mm, é aplicada uma injeção subcutânea para induzir a liberação do óvulo em 36 a 40 horas.
O tempo de vida do óvulo é de 48 horas, período de 2 dias em que o casal deve intensificar as relações sexuais para aumentar as chances de gravidez, que giram em torno de 15%.
O casal deve aguardar 14 dias para realizar o exame Beta HCG para confirmar a gestação. Em caso negativo, inicia-se um novo ciclo no mês seguinte.
Por quanto tempo devo tentar o coito programado?
Recomendo que o casal faça 3 tentativas consecutivas. Em caso de insucesso, avaliamos outras técnicas como a Inseminação Intrauterina (IIU) ou a Fertilização in Vitro (FIV).
O casal jamais deve realizar o procedimento por conta própria, pois existem riscos que são monitorados e controlados pelo médico, como induzir a liberação de no máximo 2 óvulos por ciclo para evitar gestação gemelar ou múltipla e a Síndrome da Hiperestimulação do Ovário (SHO).
Casos em que a técnica pode ser ineficiente já de início são idade da mulher (mais de 35 anos), trompas obstruídas (Hidrossalpinge), alterações no colo do útero e problemas de fertilidade masculina que afetem a motilidade dos espermatozoides.
Após um ano de tentativas para engravidar sem sucesso, o primeiro passo é fazer a investigação da fertilidade do casal para avaliar qual o tratamento mais indicado.
Prof. Dr. Thomas Miklos
CRM 86811
Reprodução Humana Assistida
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