É uma via alternativa para a Terapia de Reposição Hormonal (as mais utilizadas são a oral, transdérmica e injetáveis). Tem como opções os implantes absorvíveis e inabsorvíveis. A principal vantagem dessa via é a liberação gradativa e controlada durante o seu uso.
Os implantes absorvíveis (pellets) são pequenos bastonetes em torno de 0,5 cm que não precisam ser retirados, sendo absorvidos pelo organismo. Tem duração de 4 a 6 meses, sendo aplicado sob a pele.
Os implantes absorvíveis são pequenos tubos de aproximadamente 1 cm de silástico, semi-permeáveis permitindo a liberação contínua dos hormônios tendo que ser retirados após o término de sua ação. Tem duração entre 6 meses e 1 ano.
A avaliação médica tem que ser feita de forma criteriosa para definir as indicações e uso dos implantes, bem como as doses recomendadas.
Temos também o Implanon sendo este um tipo de implante usado para contracepção, com duração de 3 anos.
As indicações dos implantes são:
- Tratamento de sintomas de menopausa
- Tratamento de doenças como miomas uterinos, endometriose e adenomiose
- Tratamento de Síndrome do Ovário Policístico e insuficiência ovariana prematura
- Melhora da libido
- Controle de sintomas de “TPM”
- Contracepção
Os implantes são colocados no consultório médico com anestesia local por profissional habilitado para sua inserção, geralmente em região lombar baixa (Implanon é colocado no braço).
Os benefícios dos implantes são:
- Contracepção de longo prazo (Implanon)
- Conveniência (colocados sob a pele, praticamente imperceptíveis não sendo necessário lembrar de tomar/aplicar a medicação todos os dias
- Alta eficácia pela liberação contínua do hormônio em baixas doses
- Melhora dos sintomas de menopausa (fogachos, insônia, alterações de humor, fadiga, perda de massa óssea, acúmulo de gordura abdominal….), “TPM” e alterações menstruais
Alguns efeitos colaterais descritos são:
- Ganho de peso/ aumento da fome (Gestrinona),
- Acne
- Queda de cabelo
- Aumento de pelos e clitóris (Testosterona)
- Irregularidade menstrual (estradiol e gestrinona)
Esses efeitos são dose-dependentes, ocorrendo em uma minoria de casos e podendo ser tratados.
Como contra-indicações temos:
- Histórico de câncer de mama
- Presença de distúrbios trombo-embólicos
- Insuficiência Renal/Hepática
- Histórico de infarto, AVC ou doença Cardiovascular
Os hormônios disponíveis em implantes são:
- GESTRINONA: muito utilizada para tratamento de miomatose uterina e endometriose, também podendo ser usada para o tratamento de menopausa. Chamada erroneamente de “chip da beleza” por oferecer resultados estéticos relacionados ao ganho de massa magra. Deve ser recomendado de acordo com a necessidade da paciente/custo-benefício.
- ESTRADIOL: hormônio feminino usado para reposição na menopausa , onde apresenta uma queda importante de sua produção pelo ovário e resultando em diversos sintomas. Pode ser associado a outros hormônios para equilibrar os efeitos hormonais no organismo e reduzir efeitos colaterais.
- TESTOSTERONA: conhecido erroneamente como hormônio masculino pois também é produzido pelas mulheres porém em doses menores. Sua queda (uso de contraceptivos, hormonais, redução de sua produção na menopausa por exemplo) pode ter como efeito diminuição da libido, fadiga, humor depressivo. Seu uso não tem finalidade anabolizante e sim o ajuste para níveis fisiológicos melhorando a qualidade de vida da mulher.
- NESTORONE: usado para contracepção podendo ser usado durante a amamentação e tratamento de ovários policísticos e endometriose sendo associado a outros hormônios para melhor equilíbrio hormonal.
- NOMEGESTROL: uso mais restrito sendo indicado em associação a outros hormônios para equilibrar efeitos no endométrio.
- OXANDROLONA: hormônio derivado da testosterona, mas com menor efeito colateral como acne, oleosidade da pele queda de cabelo. É usado em casos específicos como tratamento de sarcopenia.