No Brasil, cerca de 10 a 15% das mulheres em idade fértil sofrem de endometriose, uma doença benigna (não é câncer), mas que pode trazer muitos desconfortos para a vida da mulher, principalmente, se associada ao fator obesidade.
O endométrio é o tecido que recobre o útero por dentro e é renovado todos os meses por meio da menstruação, mas quando esse tecido endometrial se acumula em locais fora da cavidade uterina, como trompas, ovários, bexiga, intestino e outros, inicia-se um processo inflamatório crônico.
A mulher que sofre de endometriose pode ter dores de várias formas, como cólicas menstruais, dor pélvica crônica e dor na relação sexual.
Mas, qual a relação com a obesidade?
A endometriose é uma doença estrógeno dependente e a obesidade aumenta os níveis de estrogênio no organismo, esse hormônio atua diretamente no controle da ovulação e na primeira fase do ciclo menstrual.
Mulheres com gordura corporal em excesso produzem mais estrógeno, o que pode dificultar a concepção, aumentar os casos de infertilidade e dificultar os tratamentos de fertilização in vitro (FIV).
Devo buscar ajuda?
Sim! Se você sofre com dores constantes, tem sobrepeso ou é obesa e, ainda, deseja realizar o sonho da maternidade, você deve buscar acompanhamento e tratamento ginecológico e nutricional.
A endometriose quando detectada e tratada de forma correta, aliada a uma alimentação mais saudável e a prática de exercícios físicos, pode contribuir muito de forma positiva para a qualidade de vida da mulher e para o sucesso dos tratamentos de reprodução humana assistida.
Mulher não nasceu para sofrer, procure a ajuda de especialistas!
Prof. Dr. Thomas Miklos
CRM 86811
Reprodução Humana Assistida
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