Fertilização in Vitro (FIV)

Fertilização in Vitro (FIV)

A Fertilização in Vitro (FIV), popularmente conhecida com bebê de proveta, é uma técnica de reprodução humana assistida de alta complexidade, para resolver problemas de infertilidade em mulheres e casais que não conseguiram uma gestação natural, bem como para produção independente e para casais homoafetivos femininos.

Para tratar os casos de infertilidade, a FIV é indicada em problemas como endometriose avançada, trompas obstruídas, hidrossalpinges, idade materna avançada, falhas nas tentativas de inseminação intrauterina, infertilidade masculina como alterações graves no espermograma, abortos de repetição, baixa quantidade de óvulos, infertilidade sem causa aparente ou definida, entre tantos outros.

A aplicação da técnica é constituída de várias etapas.

O tratamento é iniciado com a estimulação dos ovários (para aumentar a produção de folículos). A estimulação é realizada com a aplicação de injeções de hormônios via subcutânea (de forma igual à injeção para tratamento de diabetes em que a paciente aplica sozinha a insulina), com aproximadamente 10 dias de medicação injetável. Nesse período, é realizado o controle ultrassonográfico com o médico especialista que está conduzindo o caso.

Na próxima fase, é feita a captação dos óvulos. A paciente deve ir ao laboratório de embriologia, onde é submetida a uma sedação e através de uma punção com agulha pela vagina, guiada por ultrassom, atinge-se os ovários e realiza-se a aspiração do líquido dos folículos que contém os óvulos da mulher.

O material aspirado é entregue para a embriologista do laboratório, que irá preparar o óvulo e proceder à técnica de FIV de Injeção Intracitoplasmática dos Espermatozoides (ICSI), onde com o uso de um micro manipulador e uma agulha, injeta-se um espermatozoide no interior do óvulo, na expectativa de formar um embrião.

Na fase final, realiza-se a transferência dos embriões gerados, sendo que o excedente deles é congelado para uso posterior.

Segundo as normas éticas do Conselho Federal de Medicina (CFM), pacientes até 35 anos podem receber até 2 (dois) embriões, pacientes de 36 a 40 anos até 3 (três) embriões e pacientes acima de 40 anos até 4 (quatro) embriões, para não aumentar o risco de gêmeos e trigêmeos que pode representar um sério problema obstétrico, sem comprometer o sucesso da FIV. Nos casos de ovorecepção, será considerada a idade biológica da doadora de óvulos.

Por meio da Fertilização in Vitro (FIV), a paciente também pode congelar óvulos e embriões pensando na preservação da fertilidade, uma importante opção para as paciente portadoras de câncer, inclusive da mama, antes de se submeterem a tratamento de quimioterapia que pode ser lesiva para os ovários, ou para aquelas que possuem um comprometimento da quantidade de óvulos por cirurgia ovariana como cistos, endometriomas ou teratomas, ou simplesmente para as pacientes que desejam postergar a gestação.

Com a Fertilização in Vitro, é possível a realização de estudos genéticos do embrião por meio de técnicas de biologia molecular, para uma melhor seleção dos embriões. Deve-se ressaltar que a escolha do sexo não é permitida pelas normas do CFM, exceto para doenças letais ligadas aos cromossomos sexuais.

A RRT Clínica da Mulher, com sua experiência em infertilidade e reprodução humana assistida, têm ajudado inúmeras mulheres e casais a conquistarem o sonho da maternidade por meio da Fertilização in Vitro.

 

Considerações gerais:

  • No ciclo de tratamento da FIV, a paciente mantém a rotina da sua vida pessoal e profissional, não havendo portanto a necessidade de férias.
  • No dia da punção folicular e da transferência dos embriões, aconselha-se repouso apenas nesses dias.
  • O número de dias de aplicação das medicações varia de paciente para paciente e conforme a resposta folicular frente ao hiperestímulo ovariano com gonadotrofinas, porém costuma durar em média cerca de 10 dias.
  • Entre o início do tratamento e o dia da transferência dos embriões, levam-se aproximadamente 17 dias. Após, a paciente deve aguardar 14 dias e realizar o exame BHCG no sangue para a confirmação da gestação que, inicialmente, é bioquímica.