A frustração é o sentimento de mulheres e casais ao receber um Beta HGC negativo, após uma Fertilização in vitro (FIV).
Lidar com um negativo não é fácil.
O mais comum é tentar encontrar uma razão lógica ou um culpado.
Hoje, as chances de sucesso (de ter um bebê em casa) de um tratamento de Fertilização in vitro chegam a 40%.
Quando caímos nos 60% e a FIV falha, existem duas razões principais associadas: fatores embrionários e alterações endometriais.
Por que tudo não foi investigado antes?
Porque a menos que a mulher ou o casal tenham antecedentes que comprovem uma necessidade de investigação mais profunda da infertilidade, não existe motivo para alterar o protocolo de tratamento.
Se submetêssemos todos os casais a todos os exames relacionados a infertilidade antes de uma FIV, sem uma razão específica para isso, os custos seriam muito elevados e poderiam inviabilizar até mesmo uma nova tentativa ao final do processo.
Quais as opções após uma falha de FIV?
Em primeiro lugar, devo dizer que não existe nenhuma estratégia comprovada cientificamente que aumente o sucesso da FIV.
Cada caso deve ser tratado de forma individualizada, investigado e o protocolo alterado de comum acordo entre médico e paciente.
Para os fatores embrionários, as opções são estender o cultivo dos embriões até o dia 5 (D5), realizar o estudo genético pré-implantacional e investigar a presença de agentes infecciosos no sêmen como o vírus HPV.
Para melhorar a qualidade endometrial da mulher, as opções são injúria endometrial (uma raspagem com o objetivo de facilitar a implantação), avaliação da receptividade endometrial e da janela de implantação, infusão de plasma rico em plaquetas (PRP) no endométrio e investigação de trombofilias.
Antes de uma nova tentativa, converse e esclareça todas as dúvidas com seu médico.
Prof. Dr. Thomas Miklos
CRM 86811
Reprodução Humana Assistida
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