Entenda a relação entre Síndrome do Hiperestímulo Ovariano e FIV.
Na Fertilização in Vitro (FIV) usamos medicamentos indutores da ovulação para captar os óvulos que, posteriormente, são fertilizados para gerar embriões.
Esses medicamentos contém o hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) que atua nas células dos folículos e promove a produção da substância Fator de Crescimento Vascular Endotelial (VEGF).
A Síndrome do Hiperestímulo Ovariano (SHO) acontece quando há uma resposta acima do normal dos ovários e maior liberação de VEGF, o que causa acúmulo de líquido em diversas partes do corpo da mulher e, até mesmo, quadros de trombose.
Há alguns anos atendi uma paciente de 34 anos, com infertilidade devido a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e dosagem de Hormônio Anti-Mülleriano (AMH) superior a 3,5 ng/mL.
Ela foi estimulada de forma conservadora, com dosagem inferior de hormônios e protocolo específico para esse perfil de paciente. Ainda assim, ela teve uma hiper resposta.
Para evitar o risco de desenvolver a SHO frente a uma gravidez, o que teria um efeito nocivo a paciente e ao embrião, após a captação dos óvulos, uma parte foi congelada e outra fertilizada.
Ou seja, nesses casos a transferência de embriões nunca deve ser realizada no mesmo ciclo!
No ciclo seguinte, transferimos 2 embriões em blastocisto (5 dias ou D5). Ela teve uma gestação e bebê saudáveis.
Veja no quadro abaixo, as pacientes do grupo de risco para desenvolver a SHO.
Por isso, para não colocar sua saúde em risco, solicitamos a dosagem de AMH, que é um marcador de reserva ovariana e indica se a paciente será uma má, boa ou hiper respondedora.
Dúvidas? Envie um WhatsApp 11 96330-0460.
Prof. Dr. Thomas Miklos
CRM 86811
Reprodução Humana Assistida
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