Terapia de reposição hormonal: indicações e considerações
A terapia de reposição hormonal é uma intervenção médica destinada a aliviar os sintomas da menopausa e outras condições relacionadas aos níveis hormonais. Com o envelhecimento, o corpo das mulheres passa por diversas mudanças, incluindo a redução dos níveis de estrogênio e progesterona.
Essas mudanças podem causar uma série de sintomas desconfortáveis, como ondas de calor, suores noturnos, secura vaginal e mudanças de humor.
A terapia de reposição hormonal pode ser uma solução eficaz para muitas mulheres, mas também envolve alguns riscos que precisam ser considerados. Assim é fundamental entender os benefícios desse procedimento e suas principais considerações.
Terapia de reposição hormonal : quando é indicada?
Alívio dos sintomas da menopausa
Uma das principais indicações desta terapia é o alívio dos sintomas da menopausa. As ondas de calor, suores noturnos e secura vaginal podem ser significativamente reduzidos, melhorando a qualidade de vida das mulheres. Além disso, também pode ajudar a melhorar o humor e o sono, que muitas vezes são afetados durante a menopausa.
Saúde óssea
A reposição hormonal tem um efeito positivo na saúde óssea. A queda nos níveis de estrogênio durante a menopausa pode levar à osteoporose, uma condição que enfraquece os ossos e aumenta o risco de fraturas. A terapia de reposição hormonal pode ajudar a manter a densidade óssea, reduzindo o risco de osteoporose e fraturas.
Melhora da função cognitiva
Há evidências de que a reposição hormonal pode ter um efeito positivo na função cognitiva. Algumas mulheres relatam uma melhora na memória e na clareza mental durante o uso da terapia de reposição hormonal. No entanto, como acontece com a saúde cardiovascular, esses efeitos ainda são objeto de estudo e não são universalmente aceitos.
Potenciais riscos
Câncer de mama
Um dos riscos mais discutidos da reposição hormonal é o aumento do risco de câncer de mama. Estudos mostram que o uso prolongado de estrogênio e progesterona pode aumentar o risco de desenvolver câncer de mama. É importante discutir esse risco com seu médico e considerar os benefícios e os riscos individuais antes de iniciar a terapia.
Coágulos sanguíneos
A reposição hormonal está associada a um aumento do risco de coágulos sanguíneos, que podem levar a trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Este risco é maior em mulheres que usam estrogênio oral. Mulheres com histórico de coágulos sanguíneos ou fatores de risco para trombose devem discutir cuidadosamente esses riscos com seu médico.
Câncer de endométrio
Para mulheres que não passaram por uma histerectomia, a reposição hormonal pode aumentar o risco de câncer de endométrio se apenas estrogênio for utilizado sem progesterona. A adição de progesterona à terapia pode ajudar a mitigar esse risco.
Considerações importantes
Avaliação individualizada
Antes de iniciar a terapia, é crucial realizar uma avaliação médica completa. O médico deve considerar fatores como histórico de saúde, risco de câncer, saúde cardiovascular e densidade óssea. Cada mulher é única, e a decisão de iniciar a reposição hormonal deve ser personalizada para suas necessidades e riscos específicos.
Formas de administração
A reposição hormonal pode ser administrada de várias formas, incluindo comprimidos, adesivos, géis e cremes. A escolha da forma de administração pode influenciar a eficácia e os riscos associados. Por exemplo, o estrogênio transdérmico (adesivos ou géis) pode ter um risco menor de coágulos sanguíneos em comparação com o estrogênio oral.
Duração do tratamento
A duração da reposição hormonal deve ser a menor possível para controlar os sintomas. A maioria dos especialistas recomenda usar a dose mais baixa eficaz pelo menor tempo necessário. O monitoramento regular com um médico é essencial para ajustar a terapia conforme necessário e minimizar os riscos.
Estilo de vida saudável
Além da reposição hormonal, manter um estilo de vida saudável é fundamental para gerenciar os sintomas da menopausa e promover a saúde geral. Isso inclui uma dieta equilibrada, exercícios regulares, controle do estresse e evitar hábitos prejudiciais, como fumar e consumir álcool em excesso.
A terapia de reposição hormonal pode ser uma ferramenta valiosa para aliviar os sintomas da menopausa e melhorar a qualidade de vida de muitas mulheres. No entanto, é essencial pesar os benefícios contra os riscos e considerar fatores individuais ao decidir iniciar.
Consultar um médico especializado e realizar uma avaliação detalhada são passos cruciais para garantir uma abordagem segura e eficaz. Com a orientação adequada, muitas mulheres podem encontrar alívio e viver de forma mais confortável durante e após a menopausa.
Conheça mais sobre as principais técnicas de reprodução humana:
Investigação da Fertilidade
Devem procurar um especialista em infertilidade, os casais que ao longo de um ano de tentativas não conseguem obter uma gestação, mulheres portadoras de doenças que podem comprometer a fertilidade, como a temida endometriose, miomas uterinos, ovários policísticos e endocrinopatias, mulheres com idade acima dos 35 anos, e pacientes portadores de algum tipo de câncer, entre outras doenças.
Fertilização in Vitro (FIV)
A Fertilização in Vitro (FIV), popularmente conhecida com bebê de proveta, é uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade, para resolver problemas de infertilidade em pacientes com endometriose severa, trompas obstruídas, idade materna avançada, fator masculino grave, entre outras.
Inseminação Intrauterina
A Inseminação Intrauterina (IIU) é uma técnica de reprodução assistida de baixa complexidade, desenvolvida antes da Fertilização in Vitro (FIV).
A IIU é indicada para casos mais simples de infertilidade como infertilidade sem causa aparente (ISCA), alterações leves do espermograma, endometriose inicial, alterações da ovulação como a síndrome dos ovários policísticos, casais com dificuldade de manter a vida sexual nos momentos fisiológicos oportunos, entre outros casos.
Preservação Social da Fertilidade
Nos últimos anos, os avanços tecnológicos da reprodução humana assistida mudaram o rumo das mulheres e casais no que se refere à fertilidade.
Hoje, as técnicas de congelamento de embriões, de espermatozoides e de óvulos são uma realidade e abriram uma nova área na reprodução humana, chamada Preservação Social da Fertilidade.
Reanastomose Tubária
A reanastomose tubária é uma cirurgia ginecológica, que tem por objetivo transformar uma trompa onde foi feita uma laqueadura tubária prévia em uma trompa viável para uma nova gestação.
Muitas mulheres optam pelo método definitivo de planejamento familiar, a laqueadura tubária, quando já tem a sua prole formada.
Doação de Óvulos
Muitas mulheres apresentam sua quantidade de óvulos quase esgotada, devido a causas como busca tardia da gestação, doenças como endometriose, cirurgias ovarianas prévias, pós-quimioterapias, falha de resposta ovariana em tratamentos de FIV anteriores, entre outras causas.
Nesses casos, existe a opção de realizar a FIV com óvulo de doadoras.
Útero de Substituição
Para que ocorra uma gestação é necessário um endométrio (camada mais interna do útero) receptivo.
Existem situações em que o útero é desfavorável para receber um embrião, tais como um útero após várias miomectomias (cirurgia para a retirada de miomas uterinos) ou a presença de sinéquias uterinas, que são aderências na cavidade uterina, geradas, por exemplo, devido a curetagens uterinas, entre outras causas.